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Blog do João Melo, SJ. Na Catequese de inspiração Catecumenal, os ritos - momentos celebrativos - marcam o caminho de crescimento na fé das crianças, jovens e adultos e de suas famílias. Esses ritos são adaptados do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos. É bom lembrar que para o direito canônico - a lei da Igreja - "adulto" é BLOG DO JOÃO MELO, SJ: SÍMBOLOS DO BATISMOTRANSLATE THIS PAGE Blog do João Melo, SJ. Um dos conteúdos dos encontros de preparação para o batismo com pais e padrinhos e de encontros de catequese sobre o sacramento do batismo são os símbolos da celebração. Os principais símbolos: A palavra Batismo significa BLOG DO JOÃO MELO, SJ: A CATEQUESE DA …TRANSLATE THIS PAGE A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. Jesus fez da caridade o novo mandamento (cf. Jo 13,34). Amando os seus “até o fim” (Jo 13,1), manifesta o amor do Pai que Ele recebe. Amando-se uns aos outros, os discípulos imitam o amor BLOG DO JOÃO MELO, SJ: PROPOSTA DE MOMENTO DE …TRANSLATE THIS PAGE Blog do João Melo, SJ. É verdade que não sou muito fã da expressão “Pastoral do Batismo” porque na maior parte das vezes ela acaba por reforçar uma mentalidade de que a ação pastoral desses agentes tem pouca ou nenhuma ligação com a Catequese, ou melhor dizendo, com a Iniciação à Vida Cristã. Estamos acostumadosa separar
BLOG DO JOÃO MELO, SJ: JESUS, CATEQUISTA E CENTRO …TRANSLATE THISPAGE
Descendente dos retirantes que enfrentaram a seca de 1915 (PI/CE) e dos colonos, tropeiros, indígenas Bororós e negros forros, colhedores de sempre-viva ao pé da Serra Negra em Itamarandiba (MG). BLOG DO JOÃO MELO, SJ: ESTER E MARIA: RAINHAS DA …TRANSLATE THISPAGE
No relato recolhido por William J. Bennert dos capítulos 1 e 2 do Livro de Ester, tudo começou por ocasião de um banquete que o rei ofereceu para todos os seus oficiais e servidores. A festa durou uma semana. O pátio estava todo enfeitado com cortinas de algodão brancas e azuis, amarradas com cordões de fino linho vermelho, que estavam presos por argolas de prata a colunas de mármore. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: O QUE FAZER COM IMAGENS …TRANSLATE THIS PAGE Uma vez que a imagem já está quebrada e não tem mais uso como objeto de devoção e piedade, ela deve ser descartada respeitosamente. Jogar objetos no rio é contrário a atitude de cuidado com a nossa casa comum. Nesse caso, a melhor opção é fazer colocar a imagem danificada no lixo, embrulhada em um jornal, mesmofeita em pedaços.
BLOG DO JOÃO MELO, SJ: SUGESTÃO DO CARDEAL SARAH, …TRANSLATE THISPAGE
A fala do prefeito da Congregação para o Culto Divino não tem força de decreto ou orientação para a Igreja universal. Se tivesse, tais orientações já estariam publicadas de forma oficial e até disponíveis na página da Congregação para o Culto Divino.O último texto emanado pela Congregação e assinado pelo Cardeal é sobre a elevação da memória obrigatória de Sta. Maria BLOG DO JOÃO MELO, SJTRANSLATE THIS PAGE Pode-se para isso usar os textos bíblicos dos evangelhos da liturgia do Domingo por meio da Leitura Orante ( Lectio Divina ). Durante a quarentena, esse acompanhamento pode acontecer também online”. Diretório Para a Catequese (2020) by João Melo on Scribd. texto BLOG DO JOÃO MELO, SJ: E DEPOIS DA PRIMEIRA …TRANSLATE THIS PAGE 1) CATEQUESE SACRAMENTALIZADORA Trata-se da compreensão de que a catequese tem como maior objetivo preparar para receber os sacramentos. Ora, isso não é verdade, o objetivo da catequese é sempre evangelizar, isto é, fazer novos discípulos de Jesus Cristo. É preciso passar de uma catequese sacramentalizadora para uma catequese evangelizadora. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: SUGESTÃO DO RITO DE ENTREGA …TRANSLATE THISPAGE
Blog do João Melo, SJ. Na Catequese de inspiração Catecumenal, os ritos - momentos celebrativos - marcam o caminho de crescimento na fé das crianças, jovens e adultos e de suas famílias. Esses ritos são adaptados do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos. É bom lembrar que para o direito canônico - a lei da Igreja - "adulto" é BLOG DO JOÃO MELO, SJ: SÍMBOLOS DO BATISMOTRANSLATE THIS PAGE Blog do João Melo, SJ. Um dos conteúdos dos encontros de preparação para o batismo com pais e padrinhos e de encontros de catequese sobre o sacramento do batismo são os símbolos da celebração. Os principais símbolos: A palavra Batismo significa BLOG DO JOÃO MELO, SJ: A CATEQUESE DA …TRANSLATE THIS PAGE A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. Jesus fez da caridade o novo mandamento (cf. Jo 13,34). Amando os seus “até o fim” (Jo 13,1), manifesta o amor do Pai que Ele recebe. Amando-se uns aos outros, os discípulos imitam o amor BLOG DO JOÃO MELO, SJ: PROPOSTA DE MOMENTO DE …TRANSLATE THIS PAGE Blog do João Melo, SJ. É verdade que não sou muito fã da expressão “Pastoral do Batismo” porque na maior parte das vezes ela acaba por reforçar uma mentalidade de que a ação pastoral desses agentes tem pouca ou nenhuma ligação com a Catequese, ou melhor dizendo, com a Iniciação à Vida Cristã. Estamos acostumadosa separar
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Descendente dos retirantes que enfrentaram a seca de 1915 (PI/CE) e dos colonos, tropeiros, indígenas Bororós e negros forros, colhedores de sempre-viva ao pé da Serra Negra em Itamarandiba (MG). BLOG DO JOÃO MELO, SJ: ESTER E MARIA: RAINHAS DA …TRANSLATE THISPAGE
No relato recolhido por William J. Bennert dos capítulos 1 e 2 do Livro de Ester, tudo começou por ocasião de um banquete que o rei ofereceu para todos os seus oficiais e servidores. A festa durou uma semana. O pátio estava todo enfeitado com cortinas de algodão brancas e azuis, amarradas com cordões de fino linho vermelho, que estavam presos por argolas de prata a colunas de mármore. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: O QUE FAZER COM IMAGENS …TRANSLATE THIS PAGE Uma vez que a imagem já está quebrada e não tem mais uso como objeto de devoção e piedade, ela deve ser descartada respeitosamente. Jogar objetos no rio é contrário a atitude de cuidado com a nossa casa comum. Nesse caso, a melhor opção é fazer colocar a imagem danificada no lixo, embrulhada em um jornal, mesmofeita em pedaços.
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A fala do prefeito da Congregação para o Culto Divino não tem força de decreto ou orientação para a Igreja universal. Se tivesse, tais orientações já estariam publicadas de forma oficial e até disponíveis na página da Congregação para o Culto Divino.O último texto emanado pela Congregação e assinado pelo Cardeal é sobre a elevação da memória obrigatória de Sta. Maria BLOG DO JOÃO MELO, SJ: JESUS, CATEQUISTA E CENTRO …TRANSLATE THISPAGE
Descendente dos retirantes que enfrentaram a seca de 1915 (PI/CE) e dos colonos, tropeiros, indígenas Bororós e negros forros, colhedores de sempre-viva ao pé da Serra Negra em Itamarandiba (MG). BLOG DO JOÃO MELO, SJ: 2009TRANSLATE THIS PAGE João Melo, SJ. Descendente dos retirantes que enfrentaram a seca de 1915 (PI/CE) e dos colonos, tropeiros, indígenas Bororós e negros forros, colhedores de sempre-viva ao pé da Serra Negra em Itamarandiba (MG). Paulistano, 29 anos, especialista em catequese, jesuíta, graduado em filosofia, estudante de teologia e fã de StarWars.
BLOG DO JOÃO MELO, SJ: ESTER E MARIA: RAINHAS DA …TRANSLATE THISPAGE
No relato recolhido por William J. Bennert dos capítulos 1 e 2 do Livro de Ester, tudo começou por ocasião de um banquete que o rei ofereceu para todos os seus oficiais e servidores. A festa durou uma semana. O pátio estava todo enfeitado com cortinas de algodão brancas e azuis, amarradas com cordões de fino linho vermelho, que estavam presos por argolas de prata a colunas de mármore. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: FAMÍLIA & CATEQUESE …TRANSLATE THIS PAGE A III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Francisco que trata do tema dos “desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, interessa também a nós, catequistas, porque esses são também os nossos desafios quando se fala de catequese com as famílias, sobretudo na iniciação à vida cristã das crianças. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: QUEM É O INTRODUTOR? O …TRANSLATE THIS PAGE “A catequese é concebida dentro do processo de iniciação cristã, pelo qual a pessoa não é apenas instruída nas “verdades” da fé, mas passa por um processo, em geral longo, de aprendizado, assimilação, prática e vivência do evangelho, cujo ponto alto são os sacramentos da iniciação.Sua finalidade é fazer discípulos, seguidores de Jesus, na comunidade eclesial. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: SUGESTÃO DO RITO DA BENÇÃO …TRANSLATETHIS PAGE
Leia atentamente todo o Rito e procure tirar qualquer dúvida com o padre. Consulte o RICA - Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, números 119-132 (Edições Paulus págs. 46 - 48). BLOG DO JOÃO MELO, SJ: 2012TRANSLATE THIS PAGE Nossa Catequese, ao contrário do que muitos pensam, não é somente a preparação de crianças para a Eucaristia. A Catequese compreende toda a educação da fé de todos aqueles que buscam o Batismo para si ou para outros, de adultos, jovens e crianças que estão sendo, de alguma forma, catequizados e que participarão da mesa eucarística ou receberão o Crisma. BLOG DO JOÃO MELO, SJ: SUGESTÃO DO RITO DA ENTREGA …TRANSLATE THISPAGE
Sugestão do Rito da Entrega do Símbolo (Credo) Na Catequese de inspiração Catecumenal, os ritos - momentos celebrativos - marcam o caminho de crescimento na fé das crianças, jovens e adultos e de suas famílias. Esses ritos são adaptados do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos. É bom lembrar que para o direito canônico - alei da
BLOG DO JOÃO MELO, SJ: MÊS DA BÍBLIA: O PROBLEMA …TRANSLATE THISPAGE
Nesse mês, procure ler a Bíblia, estimular sua leitura em outros momentos pastorais e não se esqueça que não é durante a Missa que a destacaremos! A exortação Verbum Domini do papa Bento XVI sobre a Palavra de Deus, ajuda a aprofundar o tema. Uma sugestão é promover uma celebração – homenagem antes ou depois da Missa, mas não BLOG DO JOÃO MELO, SJ: A VIDA DE SÃO JOSÉ DE …TRANSLATE THIS PAGE José de Anchieta - se Deus quiser amanhã (3 de Abril de 2014) , finalmente, mesmo depois dos imprevistos de última hora- serádeclarado sa
BLOG DO JOÃO MELO
SEXTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2020 RESPOSTA DA LITURGIA CATÓLICA DIANTE DO TEMPO DE QUARENTENA _A fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes semprenovas
_
_(cf. Mt 13,52)___
A epidemia de Covid-19, a exigência de isolamento, a impossibilidade de contato e a exposição à morte têm provocado em nós medo, angústia, terror e desespero. Ao mesmo tempo, o imaginário da proximidade do fim leva à descoberta do que é essencial na vida e desperta coragem, esperança e dedicação no cuidado e proteção. Não podemos impedir a pandemia do vírus, mas podemos dar uma resposta individual e comunitário à realidade que enfrentamos. Essa resposta também perpassa a liturgia católica. A FRAGILIDADE DO NOSSO MODELO CLERICAL – em que a mediação do padre torna-se central para a celebração da fé - está diante de nós, em sua impotência e teimosa arrogância. Formamos uma Igreja que celebra a fé num nível sacramentalista que pouco valoriza a ministerialidade laical. Volvamos nosso olhar para a radicalidade do SACERDÓCIO BATISMAL que certamente nos levará a intuir respostas criativas e aliviará os ombros "heroicos" dos presbíteros. Dito de outro modo, estamos num “jejum quaresmal de missas e demais sacramentos”. Nesse momento, os contextos de nossas casas – para os que têm uma casa onde se isolar - são muitos e diversos. O velho jeito de celebrar os sacramentos, particularmente a Eucaristia (Missa) já não responde à realidade. Por aí há famílias inteiras – em suas mais diversas configurações, pessoas sozinhas, idosos, crianças, pessoas que não saem mais de casa, pessoas que ainda precisam sair, mas não gostariam, pessoas que precisam sair para salvar os outros e não podem voltar, pessoas que passam 90% de seu tempo no hospital... Que resposta temos a elas? A verdade é que nós nunca experimentamos uma profunda adaptação litúrgica. Devemos simplesmente esperar que tudo passe e voltemos aos velhos hábitos de antes? Há um risco de que em vez de novas formas, tenhamos apenas as velhas formas, espalhadas em todos os meios (TV, PC, smartphone, tablet telas gigantes...), quando poderíamos voltar às fontes da Igreja Primitiva: _domus ECCLESIAE_. A celebração da fé poderia voltar a ser doméstica, cotidiana, secular. É uma oportunidade que se apresenta para aprender e ampliar a nossa TRADIÇÃO LITÚRGICA - _TRADITIO ET REDDITIO,_ uma outra maneira possível de dar forma à vida das nossas comunidades de fé, que continuam a existir mesmo na ausência de momentos de agregação paroquial e sem padre. Na simplicidade das casas, podem nascer maneiras de celebrar, rezar, lembrar, buscar a sabedoria das Escrituras para navegar nesses dias incertos, de medo e desconfiança. A liturgia distante, que se aproxima através da TV ou do streaming ao vivo, permanece irremediavelmente distante. Mesmo que seja celebrada pelo pároco, pelo bispo ou pelo papa. Substitui o nada, e isso com certeza é algo, mas não permite celebrar, de fato. Uma Igreja que conheça a importância decisiva do ATO DE CELEBRAÇÃO, deixa de lado a "ligação" e a "conexão" e reconhece a necessidade fundamental da PRESENÇA, da qual o sentido fundamental é o tato, mas talvez também o olfato, porque é urgente sermos arrancados do isolamento e da solidão. Andrea Grillo, teólogo italiano e professor do PONTIFÍCIO ATENEU SANTO ANSELMO, em ROMA, e MAURO FESTI têm uma importante contribuição sobre esse assunto que passo a reproduzir: Se a LITURGIA é a linguagem de todos os batizados, toda pequena comunidade "EM QUARENTENA" deve poder celebrar a PÁSCOA, sem delegar o ATO ECLESIAL a outros. Ela fará isso em comunhão com os santos e com a Igreja, mas terá que fazer isso por si só. Portanto, a dimensão familiar - reduzida àquele mínimo de família que é cidadão individual e fiel em seu apartamento - poderá e terá que entrar na dinâmica da palavra e do sacramento. E terá que fazer isso com o corpo, com todos os seus sentidos, não apenas com a vista faminta de imagens sagradas na tela. Uma "dieta dos olhos" e um "alimento substancioso" dos outros sentidos serão a lógica de uma Igreja que está DISPERSA, mas que NÃO SE PERDE, que é fracionada, mas não fragmentada, que é apartada, mas não isolada, mas sim consolada pela linguagem comum que atravessa os corpos, aquece os corações e nutre as mentes. O anúncio da ressurreição, enquanto evento corporal, pressupõe uma Igreja que saiba ainda dar a palavra ao seu próprio CORPO INTEGRAL. Isso é esperança. Mesmo neste tempo dilatado e ameaçador, que preocupa e aflige, mas abre novos passos possíveis, necessários e talvez decisivos. A CEIA DO SENHOR NAS IGREJAS DOMÉSTICAS Vamos tentar, no horizonte do que foi expresso até agora, imaginar como poderíamos celebrar a Ceia do Senhor em nossas casas, como autênticas Igrejas domésticas. Deixamo-nos guiar pela LITURGIA, adaptando-a aos nossos contextos. É apenas um exemplo possível de "enraizamento" da LITURGIA ECLESIAL em nosso mundo e modo de vida. A. "EM SUA GLÓRIA" (CONTEMPLAÇÃO DA CRUZ DA GLÓRIA) A liturgia nos faria começar com um cântico inspirado nesta antífona de entrada: _Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. (CF. GAL 6,14)_ Poderíamos preparar um canto específico da casa, que se torna um pouco único no tríduo e durante toda o tempo da PÁSCOA, para colocar de maneira estável um crucifixo significativo, por valor afetivo, por valor estético ou porque feito em família. Poderíamos começar nos reunindo ali, se possível com LUZES MAIS SUAVES (mantendo-as assim o tempo todo), não antes de começar acair à noite.
Poderíamos contemplar a cruz cantando um refrão com as palavras da antífona, se a conhecemos, ou com palavras semelhantes, ou proclamando-as. Poderíamos compartilhar, inclusive criando-o, um refrão ad hoc, de simples beleza, como comunidade paroquial ou como diocese, e fazê-lo circular para conseguir aprendê-lo a tempo. Poderíamos encontrar palavras breves para orientar a contemplação em direção ao esplendor da glória, e sentir que a glória de Deus na cruz de Cristo tem a ver com seu peso na história, inclusive a nossa. Poderíamos então cantar o cântico da glória para confessar o louvor a Deus que em Cristo vem para tornar nossa história uma história de salvação. Poderíamos alternar um refrão do glória, com expressões de louvor que ecoem situações da história da salvação em que a glória do Senhor se manifestou e com as quais se possa perceber que nossa situação tem SEMELHANÇA. B. "GUARDE A NOSSA VIDA" (RITO DE CUSTÓDIA DO MAL: A PORTA) Naquele mesmo "canto especial", poderíamos colocar um jarro, talvez TRANSPARENTE, cheio de água. Poderíamos buscar água nele e levar para um de nossos lugares mais "carregados" de problemas, de mal. Como os judeus, a soleira, a porta da frente. Não podemos atravessá-la, porque lá fora está o mal; dentro, ao contrário, a segurança da vida. Os judeus fizeram um gesto apotropaico, espargindo a soleira com o SANGUE DO CORDEIRO que depois eles consumiriam. Poderíamos lavar os batentes da porta e a maçaneta com a água, realizando um gesto que estamos repetindo com frequência neste momento para nos proteger, mas oferecendo-lhe um contexto diferente, que o ressignifica, expondo-o à presença de Deus, para que esse mesmo gesto tenha o poder de ressignificar qualquer outra "lavagem" que faremos na VIDA COTIDIANA. "Vamos marcar" a soleira da casa com a água que recebemos da contemplação da glória de Cristo na cruz e da confissão de seu peso na história, que se faz esperança de fazer dele experiência na nossa. Poderíamos acompanhar o gesto com uma parte do Sl 121: _Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?_ _O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra._ _O Senhor te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma._ _O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e parasempre._
Essa mesma ÁGUA (que será reposta quando acabar) poderia ser a mesma água para encher a jarra para o jantar e, portanto, beber durante a ceia, e a mesma água para lavar as mãos antes de sentar mesa, talvez usando uma bacia e sabão. É a mesma água e a mesma bacia com a qual será vivido o lava-pés. A mesma bacia e a mesma água poderiam encontrar um lugar em nosso canto especial, ao lado do jarro com água limpa. Como água "carregada" pela passagem salvífica de Deus, não será jogada fora, mas será guardada, pelo menos durante a época da Páscoa. Ao atravessar a soleira, voltando para casa, pode-se narrar, em breve, a ceia judaica: como Deus pediu aos judeus que espargissem os marcos das portas de suas casas com SANGUE, para defendê-los do EXTERMÍNIO DA MORTE, hoje nós os purificamos com a ÁGUA DA VIDA, invocando a mesma proteção. Lavamos as mãos. Buscamos a água para colocar na mesa. C. "ADMITA-NOS NO BANQUETE DO SEU REINO" (RITO DE ALIANÇA) Poderíamos nos sentar à mesa, começando a ceia "abençoando a mesa" com a citação de APOCALIPSE (3,20; 22,20): O Senhor diz: Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, eele comigo.
R. VENHA, SENHOR JESUS. Inicia-se a ceia. É importante que seja uma ceia onde a ênfase possa ser colocada no pão e no vinho. Seria bom se o pão fosse preparado em casa, talvez juntos, e fosse suficiente para o dia seguinte. Diante do pão e do vinho, compartilhando-os e degustando-os, poderíamos nos ajudar mutuamente a descobrir quantas relações, quanto trabalho, quanta natureza, quanta providência, quanta Escritura há neles. E quando se chega a perceber - conversado, talvez até com histórias "do passado", trocando essas palavras cheias de gratidão e admiração - que está sendo tocada a dimensão da aliança, proclama-se a história da instituição em 1COR 11, 23-26.
D. "PARA QUE POSSAMOS TER PARTE COM VOCÊ" (RITO DE CUSTÓDIA DO MAL:AMOR ATÉ O FIM)
Após a proclamação do relato da ceia, uma lavagem mútua dos pés poderia ser realizada (deixando a ceia ali onde está ...). Como se sentíssemos a urgência de agir na mesma lógica da ALIANÇA que nos faz experimentar o pão, o vinho e o relato. Aquele que conduz a oração se levanta, vão pegar uma toalha, tira água do jarro e pega a bacia e pede para poder lavar os pés dos outros membros da família, que talvez poderiam nem saber do gesto. Lava os pés com o sabão, beija-os e lava-os novamente com sabão (para não causar contágio). Mas, pelo menos assim, finalmente, se pode voltar a dar um beijo, advertindo-o não perigoso, mas é vital dizer até que ponto a vida do outro me importa, até que ponto a vida do outro importa a Deus, e quero que seja afastada das garras do mal. Se o contexto permitir, pode-se, de fato, viver o gesto com reciprocidade, para que cada um possa acessar novamente esse com-tato essencial, ressignificado cristologicamente. O tempo em que entramos, com nossa "QUARENTENA", não é um tempo apressado; portanto, a ceia e o próprio ato do lava-pés podem não ser tão estilizados a ponto de se tornem insignificantes; pode levar todo o tempo, simbólico e poético, necessário. Depois de ter realizado o lava-pés, pode-se proclamar o Evangelho (JO 13, 1-15) e deixar um pouco de silêncio, para que as sensações, pensamentos e percepções relacionadas ao que está sendo vivenciado possam emergir dentro de si. O SILÊNCIO poderia então se abrir e se tornar INTERCESSÃO, para todos aqueles com quem nos preocupamos e que gostaríamos de lavar para preservar do mal e alcançar com nosso beijo de amor e dedicação, de bênção e eternidade. Essas orações seriam então reunidas na oração fundamental, do Pai nosso, onde é Ele quem acolhe nossas vidas em suas mãos, libertando-nos do mal. E. ENTRAMOS NA NOITE, ACOMPANHADOS PELO PERFUME (RITO DE ENTRADA NANOITE)
O canto "especial" da casa, que é importante seja um pouco "ISOLADO", percebido como diferente, pode se tornar um local importante para acompanhar o tempo da PÁSCOA como chave de acesso ao tempo da ameaça da pandemia. Permanecem ali a cruz, a Sagrada Escritura, o jarro com água "pura" e a bacia com a água que purificou. Ali, no final da ceia, se pode colocar o pão para o dia seguinte, aquele pão que hoje está cheio de sentido, e deverá ser capaz de dar sentido também ao drama do dia seguinte. Ali, uma vela perfumada é acesa e deixada queimando enquanto a casa é reorganizada, após a ceia, para que o PERFUME SE ESPALHE. No início da CEIA, se pode suspender o uso dos vários meios de comunicação e entrar em um silêncio de profundidade. Depois da arrumação, prontos para ir para a cama, poder-se-ia reunir, em silêncio, neste canto sagrado da casa, deixando entrar em si o brilho da luz da vela, enquanto todas as outras luzes são apagadas e o perfume se espalha. Poderíamos nos dar o boa noite ali, retomando o SALMO 121, na íntegra: _Levanto os meus olhos para os montes e pergunto:_ _De onde me vem o socorro?_ _O meu socorro vem do Senhor,_ _que fez os céus e a terra._ _Ele não permitirá que você tropece;_ _o seu protetor se manterá alerta,_ _sim, o protetor de Israel não dormirá,_ _ele está sempre alerta!_ _O Senhor é o seu protetor;_ _como sombra que o protege, ele está à sua direita._ _De dia o sol não o ferirá,_ _nem a lua, de noite._ _O Senhor o protegerá de todo o mal,_ _protegerá a sua vida._ _O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada,_ _desde agora e para sempre._ Poder-se-ia terminar com o GLÓRIA AO PAI, confiar-se intercessão materna de MARIA e apagar a vela, tomando cuidado antes que o percurso para chegar aos quartos no escuro seja facilmente praticável. Assim, será possível entrar na noite que prepara a MORTE, acompanhados pelo PERFUME que consegue habitá-la mesmo quando a última luz se apaga.Sites consultados:
http://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_constitutions/documents/hf_jp-ii_apc_19921011_fidei-depositum.html http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/596985-a-missa-acabou http://www.ihu.unisinos.br/597287-a-liturgia-em-quarentena-e-um-modelo-de-celebracao-de-a-grillo-e-m-festi ------------------------- http://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_constitutions/documents/hf_jp-ii_apc_19921011_fidei-depositum.html texto de João Melo às 19:53:00Nenhum comentário:
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DOMINGO, 30 DE DEZEMBRO DE 2018 A FLORESTA NATALINA DE EMANUEL Quando Emanuel nasceu, conta-se que ele fora encontrado recém-nascido num galho de árvore, dentro de uma flor aroseada tão grande que as pétalas macias, frágeis e ao mesmo tempo protetoras envolviam por completo o menino que só fora descoberto porque passava por ali um grupo que escutou o seu choro mimoso. Esta fora a única flor gerada por aquela árvore, como se ela tivesse concentrado todo o seu florir naquela amostra unigênita de sua botânica. A flor fechara para nunca mais se abrir depois de ter deitado ao mundo o jovemEmanuel.
A árvore de cuja flor brotou Emanuel era frondosa, de galhos cheios que faziam uma refrescante sombra aos passantes. Pela história do nascimento de Emanuel que corria de boca em boca por ali, chamavam-na de Árvore que dá Vida ou Árvore Mãe. Com o tempo e o costume do povo, falava-se apenas em Árvore da Vida. De fato, não era um árvore qualquer: Ela se destacava em meio as outras pela verdedura e pela energia que inspirava a quem a olhasse de perto. Quando a brisa leve farfalhava seus galhos, ela parecia alegrar-se e o barulho de suas folhas lembrava um canto de amor. O vento acariciava-a e ela zunia docemente em agradecimento. Emanuel que agora já era um menino, escutara a história de seu nascimento diversas vezes, contada por todos do pequeno vilarejo perto de onde a árvore estava. Já fazia algum tempo que Emanuel decidira ir morar à sombra da Árvore da Vida. Ora, já que lhe diziam que ele brotara da árvore, nada mais justo do que ele morar aos seus pés, pensara. E assim fez: Armou a sua tenda à proteção dos galhos da Árvore da Vida e por ali ficou. O pequeno Emanuel era conhecido e querido por todos do vilarejo. Ele caminhava até lá todos os dias. Passeava pela praça onde sempre encontrava conhecidos que lhe davam o de comer ou algum dinheiro em troca de pequenas tarefas e trabalhos simples. No fim do dia, ele voltava para a Árvore e, já ao longe, quando avistava os seus primeiros galhos, o seu coração se enchia de alegria. Havia tardes que, enquanto o sol se punha, ele ficava contemplando a Árvore e meditando sobre a história de seu nascimento. Assim, passavam-se os dias do infante Emanuel. Certa vez, Emanuel notou lá na copa da Árvore algo diferente de folhas. Era algo com tons de amarelo vivo. Subiu no galho mais baixo e depois trepou-se em uma mais alto até conseguir ver do que se tratava: Era um fruto amareleço de formato violão que Emanuel não conhecia. Ele escalou em outro galho ainda mais alto e logo podia tocar no fruto novo. Colheu-o. Era o primeiro fruto não menino que a árvore dava. Sua superfície era levemente aveludada e acariciável ao toque humano. O cheiro doce e inebriante atiçava o paladar. Emanuel teve vontade de comê-lo e ali mesmo, embrenhado entre as ramas da Árvore da Vida, fartou-se do fruto novo. Pela primeira vez na eternidade saboreou-se dum alimento de suculência tão saciadora. Era uma delícia de fruto que podia ser abocanhado com leveza e que enchia o paladar de tão aquoso que era. Emanuel festejou agradecido pelo novo fruto. Depois, desceu até sua tenda e recostado no tronco da Árvore adormeceu. E sonhou um sonho tão lindo e sagrado que não ousou contar a ninguém sobre as maravilhas dos mistérios insondáveis que vislumbrou naquela noite. Seu coração de meninoestava acalentado.
Na manhã seguinte, para sua surpresa, a Árvore da Vida frutificara mais uma meia dúzia de frutos. Emanuel apanhou-os em uma cesta a fim de levá-los para o vilarejo. Lá, distribuiu-os para aqueles que eram mais pobres e famintos, como ele. Naquele dia, porém, Emanuel notou que as pessoas o cumprimentavam dispensando-lhe mais atenção do que o costume e dando-lhe os parabéns. Foi quando lhe caiu na conta que com a colheita do fruto novo, esquecera completamente de que dia era aquele: o dia em que se comemorava o seu nascimento. Emanuel ficou ainda mais contente, pois sabia o que isso significava: era dia de festa. Desde que completara um ano de vida, era costume dos moradores do vilarejo que nesse dia, ao cair da tarde, todo o povo se reunisse em torno do lenhoso tronco da Árvore da Vida, levando velas e lamparinas que penduravam nos galhos para ali celebrarem a vida de Emanuel. Dessa vez, além de toda a comida e bebida trazida por eles, haveria também os novos frutos da Árvore da Vida. E, de fato, a alegria e o encanto com os novos frutos foram tão intensas, que os cantos e danças arrastaram-se noite adentro e os homens e mulheres daquele tempo chamaram aquele festejo de Natal. Dias depois, Emanuel notou que ao redor da grande Árvore nasceram várias outras pequenas árvores da mesma espécie. Passado alguns meses, rápido como o soprar do vento, elas já não eram mais brotos pequenos, mas sim verdadeiras árvores cujos galhos se encontravam formando um único teto esverdeado sob a cabeça de Emanuel e de quem por lá passasse. Era uma inteira floresta nascida da Árvore da Vida. E apesar das árvores serem todas irmãs, misteriosamente cada uma delas produzia um fruto diferente nas cores e nos sabores. Que floresta adorável essa em que o jovem Emanuel vivia! Agora, haviam dias em que ele não era mais visto no vilarejo e julgavam que estava na floresta que se alastrava dia a dia. Ainda assim, os viajantes que por lá passavam raramente o encontravam. A floresta era toda silêncio humano. Só os pássaros e o vento nas folhas pareciam cantarolar um perene hino sacro. No vilarejo os boatos eram incontestáveis: O festejo do Natal daquele ano ia ser o maior de todos, pois havia agora uma inteira floresta com frutos em abundância para celebrar. Outros moradores de vilarejos mais distantes, peregrinos e até estrangeiros também apareceriam para a festa do Natal que ganhava novas proporções. De fato, naquele ano, o Natal de Emanuel foi grandioso. Mas com a sua grandeza, aconteceu de um ou outro festeiro, tomados por um instinto egoísta que contradizia o espírito da comemoração do nascimento de Emanuel, armarem-se de instrumentos cortantes a fim de levarem para si árvores do Natal, ferindo a Floresta e a celebração. Eles queriam cultivar as árvores só para si mesmos, privilegiando-se de seus frutos, e os mais vis já almejavam enriquecer com o comércio da frutificação das árvores do Natal. Então, Emanuel que subira em um dos galhos da Árvore da Vida gritou a estes e a todos, proclamando: _- Depõe tuas armas e sê bem-vindo! Cá, à sombra acolhedora da Árvore de Natal, dividimos os frutos desse convívio de fraternidade! É desejo de partilha e de festejo do Reinado Divino! Dá mais um passo, chega mais perto, coma e beba dessa ceia natalina sem nenhuma paga! Inebrie-se com os frutos dessa Árvore de Vida que nos abraça a todos e todas com seus galhos frondosos e frutificados! Entra na roda com a gente e cante um hino natalino que alegra e resfolega o coração de utopia! Que saudades de um mundo melhor!__
_
Fez-se silêncio. E o som do farfalhar das árvores pelo vento, escutado por pessoas saciadas pelos frutos das árvores da Floresta, despertava nos convivas o desejo de cantar cantos e hinos de alegria, os cantos de Natal. E o Reino da festa de Natal vigorava e tudoparecia suficiente.
Outros festeiros de terras longínquas, mais acanhados e discretos, procuraram Emanuel para dizer-lhe o quanto o Natal os repleitavam e do desejo sincero e profundo de poder celebrá-lo novamente em suas terras e lares distantes, pois sabiam que não poderiam voltar Floresta de Natal. Emanuel escutou-os a todos com compaixão e misericórdia. Ele sabia o que eles queriam e precisavam: levar uma das Árvores de Natal e cultivar a celebração que se realiza ao seu redor. E assim ele lhes concedeu. Mas, na intimidade de seu coração, Emanuel sabia que o tempo da Floresta da Árvore da Vida estava acabando e que ao redor das árvores de seu nascimento nascia agora algo novo e maior: a propagação do Natal. Aquela noite foi a última em que Emanuel foi visto pelos festejantes do seu Natal. Ele nunca mais apareceu no vilarejo. Alguns dizem que ele permanece na Floresta de Natal e que na época das comemorações natalinas ainda é possível vê-lo dançar enquanto come frutos novos. Outros dizem que ele viaja mundo afora, levando Árvores de Natal e sua celebração de fraternidade e partilha para outros povos e nações. Os mais místicos arriscam dizer que Emanuel faz-se sempre presente toda vez que um punhado de gente se reúne em torno de uma árvore para celebrar o Natal. texto de João Melo às 15:46:00Nenhum comentário:
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SEXTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2018 AS FLORESTAS NATALINAS DAS ÁRVORES DE NATAL Antes de se popularizar, já São Bonifácio decorava em sua Igreja, por ocasião do Natal, uma “nova” Árvore da Vida (cf. Gn 2,8), sinal do Cristo, novo Adão. Diz um texto bíblico: “No meio da praça e em ambas as margens do rio cresce a ÁRVORE DA VIDA, frutificando doze vezes por ano, produzindo cada mês o seu FRUTO, e suas folhas servem para curar as nações” (Ap 22,2). Aos poucos, o costume de colocar também dentro de casa um Árvore da Vida – de Natal – ganhou força e hoje é possível imaginar a verdadeira _floresta natalina_ que habita milhões de lares nessa época do ano, como que cumprindo uma profecia bíblica: “As FLORESTAS e todas as ÁRVORES ODORÍFERAS, darão sombra a Israel, por ordem de Deus. Sim, Deus guiará Israel, com alegria, à luz de sua glória, manifestando a misericórdia e a JUSTIÇA que dele procedem” (Br 5,8-9; 1ª Leitura do 2º Domingo do Advento Ano C). São ÁRVORES que dão sombra a Israel, ÁRVORES que aconchegam sob seus GALHOS o pequeno menino, o filho do Altíssimo; ÁRVORES que acolhem na misericórdia e na JUSTIÇA o Messias esperado, o filho de Davi, filho de Jessé. “Naquele dia, nascerá um GALHO DO TRONCO de Jessé e, a partir da RAIZ, surgirá o REBENTO de uma flor; sobre ele repousará o Espírito do Senhor” (Is 11,1). “Naquele dia, a RAIZ DE JESSÉ SE ERGUERÁ como um sinal entre os povos; hão de busca-la as nações, e gloriosa será a sua morada” (Is 11,10). A RAIZ brotou, o REBENTO cresceu e de seu TRONCO de ÁRVORE DA VIDA fez-se ÁRVORE do MADEIRO da CRUZ, donde superabundou a VIDA: Jesus é a verdadeira ÁRVORE DA VIDA - DE NATAL. O Menino Jesus nascido em pobreza é a SEMENTE DA JUSTIÇA que frutifica em ÁRVORE DA VIDA e vida em abundância (cf. Jo 10,10). “Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a SEMENTE DA JUSTIÇA, que fará valer a lei e a JUSTIÇA NA TERRA” (Jr 33,15 – 1º Leitura do 1º Domingo do Advento Ano C). Jesus nasce pobre com os pobres, sua humanidade até a RAIZ assume toda a condição humana, menos o pecado. Ele assume a causa dos empobrecidos e marginalizados e dá a vida em resgate da JUSTIÇA NA TERRA e da dignidade de todo homem e de toda mulher. O apelo de ver o menino Jesus nos irmãos e irmãs, particularmente os que mais sofrem, ainda é vigente: Em cada criança faminta, sem moradia, afeto e direto à educação e saúde básica está presente o menino Deus feito pobre entre os pobres que clama por uma sombra de ÁRVORE DA VIDA que lhe dê mais VIDA. ÁRVORE DE NATAL faz-se eloquente convite ao compromisso com a JUSTIÇA e com a promoção da VIDA plena para todos. texto de João Melo às 18:29:00Nenhum comentário:
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O INCRÍVEL SIGNIFICADO DAS BOLAS DA ÁRVORE DE NATAL O tempo do Natal nos coloca numa atmosfera de fraternidade e gratuidade generosas que nos inspiram um estilo de vida mais humano e o sonho de um mundo mais justo e feliz. É a Mística do Natal que aproxima a todos, mesmo os não crentes e aqueles que não comemoram o sentido religioso da data. O “espírito do Natal” nos alcança e inebria. Por isso, hoje, diante da pluralidade em que vivemos, mais do que nunca, é oportuno deixar-se encantar pela rica simbologia natalina que nos toca e une a todos. Resgatá-la em suas origens e revalorizá-la possibilita o encontro de diálogo e partilha da mística envolvente desse tempo natalino. O “OFERTÓRIO” DAS BOLAS DE NATAL Um dos símbolos de Natal mais usados são as bolas da árvore de Natal. Tradicionalmente vermelhas, as bolas de plástico hoje substituem o antigo costume de colocar frutas de verdade na Árvore de Natal, especialmente as maças! De acordo com uma tradição bíblica, frutos da terra e da colheita do trabalho do homem do campo eram ofertados a Deus em louvor pela colheita abençoada: “Trarás casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos do teu solo” (Ex 34,26). Homens e mulheres, trabalhadores simples e humildes, como os pastores que na narrativa bíblica visitam Jesus, ofereciam o fruto de seu trabalho e da mãe terra ao Deus da Vida. De fato, isso é tão verdade que ainda hoje isso acontece. Estive no Paraguai em 2017, em cidades do interior e na grande cidade de Encarnación e vi por lá muitas frutas depositadas aos pés de presépios, especialmente melancias que são abundantes nessa época. A atitude que está por trás desse gesto é só uma: gratidão. É o exercício de agradecer os “frutos” recebidos da Vida. Gesto esse que ainda pode ser repetido por nós. Frutas nas árvores de Natal têm haver com ofertório! Na Europa as maças decoravam a árvore de Natal – sinal da Árvore da Vida – num gesto de agradecimento pela nova frutificação, o dom da Vida do Menino Deus que se fez homem pornós.
Na Catedral de Encarnación as frutas eram de plástico porque o presépio ficava exposto no pátio em frente à Igreja e as frutas logo poderiam apodrecer. Hoje, as bolas de plástico coloridas substituíram os diversos tipos de frutas. Porém, o convite atitude de agradecer os frutos colhidos permanece. Decorar a Árvore de Natal com bolas coloridas pode ser um gesto de recordação da vida em agradecimento por tudo de bom que a vida é e tem. Cada bola um agradecimento. Cada bola, um desejo expresso de um fruto que ainda precisa ser colhido. Cada bola, uma prece. Em algumas igrejas, as famílias trazem uma bola de natal para decorar o entorno do presépio ou a Árvore de Natal da comunidade. Esse gesto é feito no ofertório ou durante as preces dos fiéis, com um canto apropriado. texto de João Melo às 18:15:00Nenhum comentário:
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SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018 AS DINÂMICAS NA OU DA CATEQUESE? REFLETINDO MÉTODOS E TÉCNICAS NAEDUCAÇÃO DA FÉ
texto de Suzana Costa CoutinhoEducadora
É comum, nos vários encontros, reuniões e cursos que participamos junto a catequistas e outras lideranças comunitárias e eclesiais, ouvirmos a demanda por capacitações sobre dinâmicas, para “animar” os encontros, cursos e outros eventos na comunidade ou no grupo. É comum, também, ouvirmos que se terá “momentos de animações”, ou uma “equipe para animar” tal evento. Esta reflexão quer trazer elementos que nos ajudem a entender o que são as dinâmicas e sua relação com a atividade catequética. O conceito de dinâmica muito comum entre as pessoas é de uma ação ou atividade que faça mover, que “anime”. Há pessoas que preparam seus encontros, cursos e reuniões de forma a ter vários momentos com muitas “dinâmicas”. Se refletirmos um pouco mais, vamos percebendo que, por trás desses conceitos, está a ideia de que dinâmica é algo a parte, inserido para movimentar outra coisa. Pois bem: a palavra dinâmica realmente significa “movimento”, algo que faz “explodir” para mover (dínamo, dinamite...). Quando pensamos num encontro catequético, podemos nos perguntar: que dinâmica ele terá? Ou: que dinâmicas vou usar? São perguntas diferentes com concepções de dinâmica diferentes. Na primeira, estamos falando de “método”, ou seja, de um ciclo, de um roteiro que faça o encontro “caminhar”, mover-se de um determinado ponto até outro que desejo (meu objetivo no encontro). Na segunda pergunta, estamos falando de técnicas, de atividades dentro do roteiro que nos ajudem a “animar” o encontro. São duas perguntas válidas, mas que só terão força se forem feitas juntas. Ou seja, para falar de dinâmica na Catequese, precisamos pensar o “método” catequético e, dentro dele, as técnicas que iremos utilizar para dar “vida” ao método. 1. O MÉTODO É A DINÂMICA DA CATEQUESE Como a catequese se move? Ao fazer esta pergunta estamos querendo saber qual a dinâmica da catequese. Os documentos da Igreja sobre a Catequese falam de um jeito de catequizar, um jeito de ser da catequese. Este jeito significa sua identidade, que a faz única e, ao mesmo tempo, integrante das outras ações ou dimensões evangelizadoras da Igreja. Portanto, reconhecem que há uma dinâmica própria da catequese, que se expressa como uma ação educativa da fé. Desta forma, o documento Catequese Renovada afirma que Catequese é um processo dinâmico de educação da fé, um itinerário e não apenas instrução. Como processo educativo, qual método seguir? Partimos de alguns fundamentos pedagógicos importantes para a ação catequética. Primeiro, ter presente que as atividades devem ser adaptadas psicologia dos/as educandos/as, ao ambiente social em que vivem e interagem, aos objetivos da ação e aos conteúdos que devem ser apreendidos e interiorizados. Segundo, que educação é processo de duas mãos: o aprender e o ensinar, e que esse processo deve ocorrer de forma dialógica, ou seja, entre sujeitos (educador/a e educando/a) e não de um sobre o outro. Embora a pedagogia seja grande aliada da Catequese, ela sozinha não garante um processo de educação da fé. Por isso, o documento Catequese Renovada ajuda a compreender o método catequético a partir da ação de Deus Trino e da própria Igreja: a) O modo de proceder de Deus Pai na história (cf. Salmo 103,3-6) que se revela de diversos modos e comunica-se através dos acontecimentos da vida do povo (PARTE DA REALIDADE das pessoas); b) O modo de proceder de Jesus que, por meio da sua vida, palavras, sinais e atitudes, leva à plenitude a Revelação Divina. O Filho que acolhe, anuncia, convida, envia, chama a atenção às necessidades e para a reflexão sobre a mudança, tem linguagem simples e firmeza diante das tentações; c) A ação do Espírito Santo, “Mestre interior”, que impulsiona para o conhecimento intelectual e a experiência amorosa, para uma experiência existencial (pessoal e comunitária de Deus) fundamentada no amor; que leva ao anúncio da verdade revelada, cria meios para a comunhão filial com Deus, a construção da comunidade de irmãos, o estabelecimento da justiça, da solidariedade e dafraternidade;
d) O modo de proceder da Igreja, como Mãe e educadora da fé. Portanto, a dinâmica da Catequese deve ser aquela que impulsiona a pessoa a aderir livre e totalmente a Deus, a introduz no conhecimento vivo da Palavra de Deus e a ajuda no discernimento vocacional para a vida na Igreja e na sociedade. Para isso, considera que é preciso viver o clima de acolhimento e docilidade ao dom do Espírito Santo, promover um ambiente espiritual de oração e recolhimento, pronunciar a palavra com autoridade e fortaleza e incentivar a participação ativa dos catequizandos. Na caminhada da Igreja, principalmente na América Latina, a Catequese vai se identificar com o método pastoral “VER-ILUMINAR-AGIR”, ao qual vai incluir “CELEBRAR-AVALIAR”. E vai afirmar o método como passos que não são estanques, mas umprocesso dinâmico.
Assim, o “VER” propõe ser um olhar crítico e concreto a partir da realidade da pessoa, dos acontecimentos e dos fatos da vida, como disse Jesus, para saber discernir “os sinais dos tempos”. Nem todos já têm esse olhar crítico, por isso, é preciso ouvir as pessoas, a partir de suas visões de mundo, ajudando-as a ampliar sua capacidade de analisar a realidade. Para ajudar nessa “ampliação” do olhar, vem o segundo passo, que é o “ILUMINAR”. Este é o momento de escutar a Palavra de Deus. Este “escutar” implica reflexão e estudo que iluminam a realidade, questionando-a pessoal e comunitariamente. Também é uma busca de conversão contínua para realizar a vontade do Pai. Momento de abertura ao Espírito Santo, com a escuta orante da Palavra, com uma atitude contemplativa e fidelidade à mesma Palavra, à Tradição e ao Magistério. São passos necessários para esse momento: descobrir a ligação da caminhada com a mensagem evangélica; fazer o confronto da realidade com as exigências da proposta de salvação anunciada por Cristo e buscar o discernimento em vista da organização de uma ação transformadora. Chega-se, desta forma, no terceiro momento: o “AGIR”. Momento de tomar decisões, orientando a vida na direção das exigências do projeto de Deus. Também é o tempo de vivenciar e assumir conscientemente o compromisso e dar as necessárias respostas para a renovação da Igreja e transformação da realidade. Este passo exige: confiança em Deus, coerência entre fé e vida e fortaleza para acolher as mudanças necessárias na sociedade e na vida pessoal. O AGIR é compromisso de viver como irmãos, de promover integralmente as pessoas e as comunidades, de servir os mais necessitados, de lutar por justiça e paz, de denunciar profeticamente e de transformar evangelicamente as estruturas e as situações desumanas, buscando obem comum.
CELEBRAR e AVALIAR podem e devem estar presentes nos outros momentos. Celebrar a realidade, celebrar a Palavra, celebrar a ação. Avaliar como vemos a realidade, como agimos diante da Palavra, como atuamos na nossa vida pessoal, comunitária, eclesial e social. Celebrar e avaliar também a caminhada catequética, os encontros, as fases, as turmas, as vivências catequéticas. 2. AS DINÂMICAS DENTRO DO MÉTODO CATEQUÉTICO Na ação educativa deve-se considerar as qualidades das experiências de aprendizagem ou as atividades propostas em cada fase do método a ser adotado, ou seja, das técnicas que serão utilizadas para dar vida ao método. Ao escolher uma “técnica” a ser utilizada com o grupo, busca-se levar em conta sua diversidade, de forma que todos os/as educandos/as participem. Há os que gostam mais de cantar, outros/as que gostam mais de ler, outros/as ainda de desenhar ou escrever, ou ainda de atividades de grupo. A diversidade também evitará a monotonia que pode levar ao cansaço e à falta demotivação.
Por mais “divertidas”, alegres e entusiasmadas que sejam as técnicas, deve-se ter o cuidado para que elas sejam, de fato, coerentes com o tema e com os valores do Evangelho. A técnica não é um acessório, mas é parte integrante do processo catequético. Por isso também deve ser adequada ao interesse e às capacidades dos/as educandos/as-catequizandos/as, e ser significativa, próxima ao seu mundo, às suas preocupações, à sua vida (tem que fazer sentido!). Para a tarefa educativa, o/a educador/a-catequista pode contar com técnicas didáticas, lúdicas, operativas e celebrativas. No entanto, pode-se dizer que o problema das técnicas ou dinâmicas, ou ainda atividades, não consiste tanto em ter mais ou menos imaginação e criatividade, mas numa coerência, que se expressa na seleção e organização que corresponda com os objetivos da Catequese. Nesta diversidade, as atividades lúdicas, por exemplo, não servem apenas para “brincar” ou passar o tempo de forma divertida. A brincadeira não só ajuda a aprender, como fortalece os laços entre as pessoas e aprimora habilidades. São consideradas técnicas, ou dinâmicas lúdicas: desenho, jogos, danças, construção coletiva, leituras, softwares educativos, passeios, dramatizações, cantos, teatro de fantoches, contarhistórias, etc.
Sobre os jogos, vale ressaltar que as propostas devem ser fundamentadas nos valores cristãos da vivência e da partilha comunitárias e não da competição e exclusão. Por isso, ressalta-se a validade dos chamados “jogos cooperativos”, onde todos buscam um objetivo comum, sem competição. Nos Jogos Cooperativos não há lugar para a exclusão nem para “melhores” ou “piores”, mas com eles se aprende a considerar o outro como parceiro e solidário, a ter consciência dos sentimentos e a valorizar as diferenças, a desenvolver a empatia e a capacidade de trabalhar para interesses coletivos, priorizando a integridade detodos.
Em relação aos meios de comunicação social (jornal, rádio, TV, revistas, cinema etc.), têm-se várias possibilidades. Uma delas é a do uso dos meios para divulgar a boa nova de Jesus, educar as comunidades, servir ao bem-comum e como espaço para a vivência da cultura própria etc. A outra é a de educar para os meios, ajudando as pessoas a discernir entre o que é construtivo e o que não é - educar para a recepção dos meios. Para isso, podem-se utilizar filmes e documentários com vários temas que levantem as questões e problemas humanos. Isso pode ser feito por meio de fichas de estudo, debates, painéis, mural, releitura evangélica etc. Os jornais e revistas trazem notícias, charges, caricaturas, HQ e anúncios. Com eles, é possível discutir a linguagem da mídia, a sedução para o consumo, como são tratados os diversos temas, o que é fato e o que é opinião. Podem ser elaborados cartazes, debates, mural, painéis. Ou ainda, pode ser feita a produção de um jornal da turma: que notícias gostaríamos de dar ao mundo? Que notícias damos hoje de nossa realidade (familiar, comunitária, eclesial?). Em relação à música, pode-se aproveitá-la dentro dos encontros, não só para animá-los, mas também para analisar a letra e os questionamentos que os artistas fazem da realidade, com seus valores econtra-valores.
Com discernimento e a experiência vivida e partilhada entre os/as catequistas, vai-se aprendendo novas técnicas, novas dinâmicas, ou a dar novo sentido a técnicas já utilizadas, renovando-as, integrando-as, complementando-as. É possível, inclusive, classificar as dinâmicas segundo as funções que elas podem ajudar a desenvolver: dinâmicas de apresentação, acolhida e integração do grupo; dinâmicas de estudo; dinâmicas de planejamento e de avaliação; dinâmicas para a celebração, entre outras. 3. COMO ORGANIZAR AS DINÂMICAS PARA O ENCONTRO CATEQUÉTICO Tendo como “caminho” de educação da fé o método “Ver – Iluminar – Agir – Celebrar – Avaliar”, o/a catequista buscará as técnicas necessárias para cada momento, dando “vida” ao método. Para ajudar nesta tarefa, convidamos para que a prática de Jesus nos ilumine, refletindo sobre o seu encontro com a samaritana (Jô 4, 1-30) e com os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35). Seja na beira do poço ou no caminho para o vilarejo fora de Jerusalém,Jesus:
1. Aproxima-se: cria empatia, confiança; relaciona-se, colocando em primazia a pessoa, valorizando-a. Pergunta, ouve, deixa falar, insiste, provoca. Estabelece relacionamento profundo. 2. Detecta a realidade: dialoga sobre a realidade, ouve a versão que a pessoa tem, questiona, procura esclarecimentos. 3. Ilumina com a Palavra de Deus: Jesus apresenta pistas de como a pessoa vai perceber, à luz da Palavra, o que está nos acontecimentos. Ensina, mas com unção, amor, vibração. 4. Provoca clima de oração: “Senhor, dá-me desta água viva!”, reza a Samaritana. “Fica conosco, Senhor, pois a tarde está avançada!”, rezam os discípulos de Emaús. 5. Celebra junto: partilha a vida, a Palavra, a prece e a refeição. Eucaristia! É na partilha que o Senhor se manifesta. 6. Conversão: Ao longo do processo, há constante interação entre a Palavra e a vida. Reconhece-se que algo está mudado, é novo. Sente-se o coração arder e vontade de agir. 7. Ação: a Samaritana vai ao povo falar de Jesus. Os discípulos voltam a Jerusalém. É a dimensão missionária da fé. É a fé que age em forma de amor. Em outras palavras, a organização do encontro catequético pode e deve contar com dinâmicas que propiciem: 1. Acolhida: quando as pessoas interagem, colocando-se em diálogo; criam laços. 2. Ver a realidade: deixar as pessoas falarem do que sabem sobre o tema proposto, levantar questões e problematizar as visõesque se tem.
3. Iluminar-se pela Palavra: ouvir e refletir a Palavra de Deus e os documentos da Igreja, criando um maior conhecimento, a partir dos valores do Reino, sobre o fato, o tema debatido. 4. Rezar a vida e a fé: a Palavra de Deus nos convida oração que pode ser espontânea, ou preparada, com símbolos e ritos que nos permitem fortalecer nossa espiritualidade. 5. Propor-se à mudança: dinâmicas que ajudem a propor e a vivenciar compromissos, seja durante os encontros, seja em outros momentos, mas que essa mudança ocupe nossas vidas e seja manifestação do desejo de viver os valores do Reino. Diante de tantas possibilidades, da criatividade dos/as catequistas, de suas experiências, de materiais que subsidiam a ação catequética, com recursos de todos os jeitos (mais ou menos tecnológicos, complexos, simples, coletivos, emprestados, copiados, inventados, comprados) e, principalmente, da ação do Espírito que impulsiona para a missão, é possível dinamizar a catequese, porque se parte da vida, se deixa iluminar pela Palavra e se coloca em ação. Sem a dinâmica que lhe é própria, qualquer recurso para a Catequese se perde, todas as forças se esvaziam, as motivações são facilmente desfeitas. Para encerrar este ponto da conversa, destacamos aqui um trecho do texto que Ir. Vera Bombonatto apresentou na 3ª Semana Brasileira de Catequese: “Ser cristão é entrar no movimento da vida de Jesus que armou sua tenda entre os pobres e excluídos deste mundo, anunciando-lhes a boa-nova do Reino, que passa pela cruz, mas não termina nela e sim na ressurreição”. As dinâmicas e técnicas são algumas propostas. A grande proposta é o seguimento e o discipulado de Jesus. Este horizonte jamais poderá ser esquecido, porque é este o centro da Catequese. Tudo o mais é mutável, transferível, adaptável, reciclável... REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALBERICH, E. _Catequese evangelizadora_. Manual de Catequética Fundamental. São Paulo: Salesiana, 2004. BOMBONATTO, Vera I. _Discípulos missionários hoje_. Catequese, caminho para o discipulado. 3ª Semana Brasileira de Catequese. Itaici, SP: Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, 2009. CNBB. _Catequese Renovada_. Documento 26. São Paulo: Paulinas, 1983. ______. _É hora de mudança_! Planejamento pastoral dentro do Projeto RNM. São Paulo: Paulinas, 1998. ______. _Diretório Nacional de Catequese_. Documento 84. São Paulo:Paulinas, 2006.
DIOCESE de Osasco. _Metodologia Fé e Vida caminham juntas na comunidade_. Cadernos Catequéticos, n. 9. São Paulo: Paulus, 1998. KESTERING, Juventino. _Elementos de metodologia de uma catequese libertadora_. Revista de Catequese. n. 82. 1998, p. 47-52. PAIVA, Vanildo de. _Catequese e liturgia, duas faces do mesmo mistério_ – Reflexões e sugestões para a interação entre Catequese e Liturgia. São Paulo: Paulus, 2008. (Coleção Catequese). PIMENTA, Ivan Teófilo. _Linhas metodológicas de uma catequese libertadora_. Revista de Catequese. n. 23. 1983, p. 27-35. Clique aqui para fazer download das Dinâmicas para Catequese texto de João Melo às 07:51:00Nenhum comentário:
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Jesuíta, 29 anos, paulistano. Graduado em Filosofia e especialista em Catequese. Estudante de TeologiaPESQUISE NO BLOG
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O que fazer com imagens quebradas? De repente acontece que aquela imagem benta que você tem em sua casa cai e quebra! O que fazer?É certo que devemos ter respeito e aadequa...
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E DEPOIS DA PRIMEIRA EUCARISTIA? PERSEVERANÇA NA CATEQUESE Grande é o empenho de nossas comunidades na tarefa de catequizar. E isso é muito bom! Porém, é bem verdade que a maior parte dosesforços do...
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Sugestão do Rito da Entrega da Oração do Senhor (Pai-Nosso) Na Catequese de inspiração Catecumenal, os ritos - momentos celebrativos - marcam o caminho de crescimento na fé das crianças,jovens e adul...
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A CATEQUESE DA CARIDADE: Como educar para o compromisso do amor aopróximo
Na matéria desta edição, vamos mostrar porque caridade e catequese são inseparáveis. A Catequese é educação da fé comprometida coma realid...
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Mês da Bíblia: O Problema da “Entrada da Bíblia” na Missa É típico que nos quatro domingos de setembro, mês dedicado a Bíblia, haja “entrada da Bíblia” antes da Liturgia da Palavra. Oque dizer so...
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Quem é o Introdutor? O PERFIL DO NOVO MINISTÉRIO PARA A CATEQUESE DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL A Catequese de Iniciação à Vida Cristã de inspiração catecumenal veio para ficar! E junto com ela, surge um novo ministério: o Introdutor....*
As Lavadeiras e a Transfiguração de Jesus “Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar” (Mc 9,3). A Transfiguração de Jesus...*
Símbolos do Batismo Um dos conteúdos dos encontros de preparação para o batismo com pais e padrinhos e de encontros de catequese sobre o sacramento dobatismo ...
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Sugestão do Rito de Entrega da Bíblia Na Catequese de inspiração Catecumenal, os ritos - momentos celebrativos - marcam o caminho de crescimento na fé das crianças,jovens e ad...
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